quarta-feira, 16 de maio de 2012

O atum "mais sustentável" do mundo

Fomos tratar do cartão de cidadão à Loja dos Açores, na Av. Elias Garcia em Lisboa.
Enquanto esperávamos a nossa vez, entretivemo-nos a passear pela loja de produtos tradicionais açorianos. Queijos, vinhos e licores, doces e compotas, conservas, carne…
O espaço é amplo, fresco, organizado e os produtos tornam-se apetecíveis. Irresistíveis! E é tudo nacional, e o que é nacional é BOM!!!

Eu tenho uma certa dificuldade em controlar-me em ambientes como estes. Começo a hiperventilar, tenho episódios de taquicardia e tonturas… Ok, estou a exagerar. Mas apetece-me mesmo começar a encher um daqueles cestinhos de supermercado e levar tudo comigo para casa. Desta vez fiquei-me pelo atum.

Adoramos atum lá em casa. Há já algum tempo que opto sempre por atum em azeite. Não compro o mais barato, mas tento evitar o mais caro. A questão é que a marca que tenho comprado ultimamente não me anda a agradar e esta foi uma boa oportunidade de experimentar uma alternativa.


1,25€ a lata de 120gr e beneficiando ainda de um desconto de 15% devido a uma promoção da loja, o atum Santa Catarina chamou-me a atenção. E quando peguei numa das latinhas , revelou-se a melhor surpresa: a captura deste atum é (supostamente) feita de forma sustentável, protegendo os mares e os golfinhos.

Já tinha lido antes sobre esta realidade. Já sabia que a pesca do atum é uma das que maior impacto ambiental tem. A técnica mais utilizada é o cerco dos cardumes com redes, acabando sempre por capturar ou ferir outras espécies marinhas, nomeadamente golfinhos. Infelizmente o consumidor português está ainda muito pouco sensibilizado para questões como estas e como não exige, não surgem por parte dos produtores alternativas mais sustentáveis.  

Foi então, muito bom, pesquisar mais um pouco e descobrir que Greenpeace distinguiu em 2011 o atum da marca açoriana Santa Catarina como o "mais sustentável do mundo", devido à forma como é capturado.

A pesca é feita em São Jorge, nos Açores, através do sistema de “salto e vara” (pesca à linha), que garante a não agressão do meio ambiente e a não depredação das espécies. Os cardumes são atraídos com isco vivo e procede-se à captura do atum de forma extremamente selectiva.

Não sei se é verdade ou não, sou muito ingénua no que diz respeito a rótulos e carimbos…Se diz que é biológico eu acreditose diz que é sustentável eu convenço-me que é. Temos que acreditar nalguma coisa, não podemos andar pela vida desconfiados de tudo e de todos.

Na volta o atum não é capturado no oceano ao largo dos açores, vem do lado de lá do mundo em contentores ferrugentos, para ser depois embalado nas latinhas bonitas com todos aqueles certificados e garantias. Mas por enquanto vou continuar a acreditar...

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