quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Goto muito di ti!

No fim-de-semana passado o papá teve que trabalhar à noite, mas foi de sorriso rasgado!!!!
Antes de sair, quando rebolavam os dois pelo tapete da sala na brincadeira, a 'pipoca' parou deitada em cima dele e disse: 'Goto muito di ti!'
E pronto, mais uns minutos de brincadeira e o papá lá saiu... Conseguiu passar pela porta, apesar de tão 'inchado' que ia, e eu fiquei em casa, a apanhar a baba...

A 'pipoca' é meiguinha e costuma retribuir os miminhos que lhe damos, mas foi a 1ª vez que a ouvimos manifestar verbalmente o que sente por nós (sim, porque logo no dia seguinte disse-me o mesmo a mim, ok? Nada de confusões!) e é muito bom!!!! :D


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Empadão de Arroz

Para mim empadão sempre foi com puré de batata!

A minha avó fazia um empadão fantástico que eu adorava comer no dia seguinte, frio! O puré ficava mais rijo e o empadão cortava-se à fatia! Eu delirava!

O hubby, contudo, tem opinião diferente, e para ele empadão é com arroz... Onde é que já se viu??? Mas como gosto de o ver contente, lá lhe faço a vontade!

Ainda não tinha experimentado fazer empadão na bimby. Para aproveitar umas sobras de carne guisada, que de sabor estava óptima, mas que devia ser do lado da testa, pois era rija que nem (...), fui à procura de uma receita e encontrei esta, colocada pela psychic no Fórum dos Bimbólicos.


Empadão de Arroz

300 g de arroz agulha
800 gr de água (para cozer o arroz)
azeite qb (cerca de 35 a 40 gr.)
350 g de sobras de carne guisada
1 colher de sopa de farinha
1,5 dl de leite
pimenta
noz moscada
100 g de queijo ralado (para gratinar)
1 ovo
sal

Cozer o arroz no cesto, com a água o sal e o azeite, durante 20 min., temp. 100º, vel. 4. No final tirar o cesto e deixar a escorrer.
Deitar a carne no copo, triturar com 2 toques de turbo e polvilhar com a farinha, deixando cozinhar cerca de 3 1/2 min., temp. 100º, vel. colher inversa.
Regar com o leite, temperar com sal, pimenta e noz moscada. Deixar cozinhar 8 min., temp. 90º, vel. colher inversa.
Espalhar metade do arroz sobre um tabuleiro que possa ir ao forno e à mesa, previamente untado com margarina. Cobrir com o recheio de carne e por cima espalhar metade do queijo ralado. Tapar com o restante arroz. Pincelar a superfície do arroz com o ovo levemente batido e polvilhar com o restante queijo ralado.
Levar a forno quente para gratinar.

O especialista aprovou!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Broa de Milho - MFP

Ainda estou a tentar descobrir quais são exactamente os meus sentimentos relativamente à máquina de pão que mora ali na cozinha desde a semana passada...
Confesso que ainda olho para ela um pouco de lado... Decide quanto tempo o pão leveda, a temperatura e o tempo de cozedura... Tira-me o gozo de moldar os pães, de fazer os cortes na massa... Mas o pior mesmo, é oferecer como resultado final... um tijolo!!!

É que os olhos também comem... e quem é que consegue ficar fascinado com um pão em forma de cubo???

Enfim... A verdade é que quase que desejava que me desiludisse completamente para poder falar mal dela à vontade, mas isso ainda não aconteceu! Do aspecto, nem vale a pena falar,mas de textura e sabor até que os pãesinhos não saiem assim tão mal... E assim fica a Bimby (e eu própria) mais livre para outras actividades!

Hoje foi dia de experimentar uma broa de milho. A receita é do Fórum dos Bimbólicos.



130 gr de leite
1 e 1/2 colheres de chá de sal
200 gr de farinha de trigo
200 gr de farinha de milho integral
30 gr de margarina
2 0vos
1/2 saqueta de fermento seco ( 5 a 6 gr.)

Coloque os ingredientes na cuba respeitando a seguinte ordem: leite, sal, farinha, margarina, ovos e por último o fermento.
Programa normal - 1; cor média; quantidade de massa nivel 1 (até 700 gr.)


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Refogar na Bimby

A cozinha espanhola é tipicamente mais intensa do que a nossa em termos de sabores e temperos.

Os espanhóis são os reis do sofrito (refogado) e as dicas que se seguem são retiradas de um livro de Cristina Galiano - especialista em nutrição, com uma escola de culinária e um sem número de livros publicados no país de nuestros hermanos - e alguns fóruns espanhóis.


Se o alho e a cebola forem refogados em simultâneo, como indicado em grande parte das receitas, não se consegue um verdadeiro refogado já que o alho não vai fritar, mas sim cozer na água que a cebola solta. Da mesma forma, se se picam os alhos juntamente com o azeite, os pedaços vão ficar muito irregulares.

Será então preferível começar por picar os alhos (sejam muitos ou poucos) com 1 ou 2 toques de turbo, fazendo descer com a ajuda da espátula todos os pedaços que se tenham espalhado pelas paredes do copo. Só depois deitar a quantidade de azeite desejada e programar 3 ½ min., temp. varoma, vel. 1 (a Cristina Galiano indica 5 min., mas eu acho que é excessivo – nada como experimentarem e adaptarem ao vosso gosto).

A cebola, cortada em pedaços (quartos, por exemplo), será depois acrecentada ao copo e picada por 4 seg., vel. 5, para obter pedaços regulares e pequenos.Programa-se mais 5 min., temp. varoma, vel. 1.

Podem depois ser acrescentados os restantes ingredientes (tomate, pimento, alho francês…) e cozinhados durante os tempos desejados ou indicados nas diferentes receitas.

Se se desejar um refogado ainda mais apurado, pode optar-se por não tapar completamente a abertura da tampa, colocando-se o copinho meio inclinado.


Ainda que se passe a demorar mais 5 ou 6 minutos por ir refogando os ingredientes por separado, ganhar-se-á seguramente em sabor. Tenho seguido estas indicações para o picado de carne da lasanha; para o molho das almôndegas; para carnes guisadas… E noto de facto a diferença!

domingo, 29 de novembro de 2009

Almôndegas Gratinadas

Para fugir um pouco às almôndegas cozinhadas em molho de tomate, pesquisei, pesquisei e dei com esta receita de almôndegas gratinadas no blogue Delícias e Companhia.

Gostei bastante, se bem que continuo a achar que os molhos feitos com cerveja ficam sempre com 'aquele' travo característico, que se destaca demasiado... Talvez para a próxima tente substituir a cerveja por vinho branco... Mas é sem dúvida um prato a repetir.

Como tempo é coisa que não abunda por estes lados, comprei as almôndegas já feitas. O molho, no qual vão depois a gratinar, foi feito na Bimby. Aqui fica a receita:


Almôndegas Gratinadas














1 cebola
3 dentes de alho
azeite q.b. (+/- 35 a 40 gr.)
4 colheres de sopa de polpa de tomate
1 cerveja (cerca de 250ml)
1 copo de água (cerca de 250ml)
noz moscada q.b.
sal q.b.
pimenta q.b.
tomilho q.b.
200 ml de natas
queijo ralado q.b.


Picar os dentes de alho 6 seg., vel. 5. Deitar o azeite e refogar 3 min., temp. 100, vel. 1.
Juntar a cebola, picar 6 seg., vel 5 e refogar 6 min., temp. 100, vel. 1.
Adicionar a polpa de tomate, a cerveja e a água, e temperar com noz moscada, sal, pimenta e tomilho. Cozinhar 5 min., temp. 100, vel. 1.
Triturar 10 seg., vel. 7.
Adicione as natas e misture 30 seg., vel. 2 1/2.
Colocar o molho sobre as almôndegas e levar ao forno durante 20 minutos. Passado este tempo, dar a volta às almondegas, cubrir com queijo ralado e levar ao forno a gratinar mais 20 minutos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tá a fazê xixi!

Ao sair hoje de manhã da casa de banho em velocidade acelerada, passo pelo quarto da 'pipoca' e algo me chama a atenção...

Volto atrás, espreito... E a donzela está satisfeitíssima, sentada no bacio!

Ao meu ar de surpresa, responde com um 'Tá a fazê xixi!', assim em tom de 'Dah! Tás a olhar para onde, pá?'

E pronto. Deu-lhe a vontade... E porquê incomodar a mamã que até está com ar atarefado? Vai de baixar as calças, as cuecas e sentar-se no bacio!

Muito bem! Somos todas desenrascadas, sim senhora!!!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Farinha - os vários tipos

De entre todos os cereais, o trigo ocupa um lugar central no que diz respeito ao pão: é o único que contem nos seus grãos uma quantidade suficiente de glúten, proteína vegetal indispensável à panificação.
É o glúten que confere à massa do pão a elasticidade que lhe permite reter o dióxido de carbono e expandir-se ao levedar. É por esta razão que o pão ou broa de milho é tão compacto, a massa não tem a elasticidade necessária para crescer.
O centeio também possui quantidades consideráveis desta proteína, pelo que é comum a sua utilização quando se pretende um pão ‘de mistura. Outros cereais poderão ser utilizados no fabrico do pão, mas em quantidades reduzidas.

Após a moagem, a farinha é mais ou menos refinada (triturada e peneirada) de acordo com o tipo pretendido. O tipo de farinha dependerá da maior ou menor extracção de farinha que se faça do grão de cereal.

Num dos extremos temos então a farinha integral (T 110), que utiliza praticamente todas as componentes de um grão de trigo, apresentando uma cor mais escura. No extremo oposto temos a farinha ‘flor’ (T45), que utiliza apenas o núcleo do grão do trigo e é muito mais branca.

O tipo de farinha é medido pelo teste de cinzas. A farinha é levada a um forno a elevada temperatura (900ºC) de modo a que toda a matéria orgânica seja incenerada, ficando nas cinzas apenas os residuos minerais. No caso de uma farinha T 55, a inceneração de 100g de farinha produz 0,55% de resíduos.
Quanto menor for o tipo, mais refinada e ‘branca’ é a farinha.

T 150 ou integral:
Possui a totalidade do grão. Indicada para a confecção de pão integral.

T 110 e T 80 ou semi-integral:
Ligeiramente refinadas, mantêm a maior parte do valor nutricional do trigo completo. Muito utilizadas em panificação e indicadas para a confecção de pão semi-integral.

T 65 ou fina:
A mais utilizada na panificação, indicada para a confecção de pão branco. Pode também ser utilizada na preparação de bolos.

T 55 ou super-fina:
Das mais utilizadas nas preparações culinárias caseiras, indicada para a confecção de bolos, tartes, pastéis…

T 45 ou flor:
Considerada uma especialidade culinária, adequa-se à preparação de massas fofas como pão-de-ló ou tortas.



Podem ler mais sobre o assunto em:
http://www.lusitana.pt/site/html/pagina_topicos.php?conteudo=1&pid=43&topic_id=15
http://www.abranches-f.com/FAQsFarinha.html#tiposFarinha
http://fermentonatural.blogspot.com/2008/11/conhecendo-farinha-de-trigo.html

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Pão de Mistura (com levedura líquida)

E já vamos na 4ª fornada de pãozinho feito com a levedura caseira!

Sinto que ainda temos um longo caminho a percorrer, eu e ela, até nos entendermos a 100%, mas os resultados têm sido cada vez melhores.

É que a levedura natural tem vida, e portanto tem a sua personalidade, o seu temperamento, os seus caprichos e necessidades! Se aprendermos a ver quando tem ‘fome’; quando tem ‘frio’; quando está mais activa e cheia de força… Conseguiremos tirar o maior partido dela!
Contudo, também é possível cingirmo-nos a uma rotina fixa de ‘refrescamentos’ periódicos (semanais). Será mais prático, mais rápido, talvez apenas não tão vantajoso do ponto de vista dos resultados obtidos.

Eu não vou ao ponto de falar com a minha levedura, como vi sugerido algures… Mas gosto de manter com ela uma relação mais ‘pessoal’ e menos regulada pelo calendário e pelo relógio.

Passo então a descrever a rotina que tenho seguido para fazer pão, utilizando a levedura líquida:


Pão de Mistura (com levedura líquida)


Um dia antes

Retirar a levedura do frigorífico e deixá-la repousar à temperatura ambiente pelo menos uma hora, para ‘acordar’.
‘Refrescar’ (alimentar) a levedura com uma colher de sopa cheia de farinha e o peso equivalente em água morna (25º / 27º), para aumentar a actividade das leveduras. Manter à temperatura ambiente.

No próprio dia
Cerca de 3 horas antes de fazer o pão, ‘refrescar’ a levedura duplicando (aproximadamente) o seu peso – se tenho 150 gr de levedura, junto 75 gr de água morna + 75 gr de farinha.
Deixar repousar à temperatura ambiente até atingir o seu ponto máximo de actividade (apresenta uma série de ‘bolhinhas’ à superfície).

Fazer o pão
500 gr de farinha (ultimamente tenho usado 425 gr de farinha de trigo T80 + 75 gr de farinha de centeio)
290 gr de água (de nascente; morna)
120 a 150 gr. de levedura líquida
5 gr de fermento de padeiro fresco
2 colheres de sal de sal
½ colher de café de açúcar

Dissolver o fermento em cerca de 100gr de água morna com o açúcar. Deixar repousar por cerca de 20m, ou até começar a fermentar.
Juntar a restante água (morna) e a levedura líquida e misturar 10 s., vel. 3.
Acrescentar a farinha e (só) depois o sal e bater por cerca de 3 m., vel. espiga.
Deixar levedar tapado (com pelicula aderente, por exemplo) pelo tempo necessário até duplicar, aproximadamente, de volume.
Moldar o pão ou pães no formato pretendido, sem amassar demasiado, polvilhar com farinha e levar a forno quente (+/- 200º) até estar cozido.


O pão feito com a levedura natural fica com um miolo tão macio e guloso, que é difícil parar de comer umas fatias atrás das outras.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Refilisses...!!!!

A 'pipoca' já sabe 'falar alto' para manifestar o seu descontentamento!

Um 'PÔ' assertivo a rematar a frase foi a primeira manifestação verbal de desagrado!

Agora mais recentemente começou a responder às nossas reprimendas do género: 'Foste muito feia!' ou 'Estás a portar-te muito mal!' com um já mais completo 'NUM É NADA! PÔ!'

A semana passada, na sequência de um ‘confronto’ meu com o telemóvel, no decorrer do qual devo ter inadvertidamente utilizado um vocabulário um pouco menos cuidado, fui dar com ela minutos depois a barafustar… ‘Rátapáta o telemóva!!!’

domingo, 15 de novembro de 2009

Frango 'Maricas'

Este foi um dos jantares da semana passada e, apesar de não ser propriamente um prato de 'haute cuisine', merece destaque no Pintinhas porque é uma especialidade do papá Z.


Frango Maricas














1 frango
1 caldo de aves
1 limão
margarina q.b.
vinho branco q.b.

Lavar e deixar escorrer bem o frango. Se necessário, enxugar o excesso de água com papel de cozinha.
Colocar o frango num pirex.
Picar um limão com um garfo (para facilitar a saída do sumo) e introduzi-lo no interior do frango.
Desfazer o cubo de caldo por cima do frango. Colocar também uns pedaços de margarina (não exagerar, pois o caldo já contem gordura.)
Levar ao forno a cerca de 180º, coberto com papel de alumínio, cerca de 45 / 50 min. (depende do frango). Durante este tempo, abrir várias vezes o forno, pressionar o limão para ir largando o sumo e regar o frango com o molho que se vai formando. Caso o molho não seja suficiente ou aparente estar muito gorduroso, deitar um pouco de vinho branco para diluir.
Perto do fim do tempo, retirar o papel de alumínio, para corar!

Hum... estava muito bom, papá!!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Beijinhos

Bem sei que lhe passamos a vida a dar e a pedir beijinhos... Mas a 'pipoca' transformou-se num verdadeiro monstro beijoqueiro!

Para além do Magalhães, burrinho de estimação e amigo inseparável, que anda sempre com o focinho lambuzado de tanta beijoquice, hoje de manhã foram presenteados com carinhosos beijos o biberão do leite do pequeno-almoço e... antes que eu conseguisse impedi-la, o redutor da sanita, porque tem uns sapos fofinhos...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Levedura Líquida (de Eric Kayser) - Receita

O 'bicho' do pão caseiro apoderou-se sem dúvida de mim!!!

A cada nova conquista, segue-se novo desafio. Por cada pão que tiro do forno, mais macio e saboroso do que o anterior, logo me ponho a pensar nos novos ingredientes a utilizar ou nas novas técnicas a experimentar...

Desta vez, não resisti à tentação de experimentar fazer levedura caseira! (Por este andar, qualquer dia ainda vão dar comigo a tentar construir um forno, ou a cultivar o meu próprio trigo...)

Já aqui ficou dito anteriormente que o fermento de padeiro é formado por um micro organismo da família dos fungos: a levedura.

A levedura caseira não é mais do que uma 'papa' de farinha e água, na qual fomentamos o desenvolvimento de leveduras (presentes naturalmente nos cereais - sobretudo na casca), e bactérias (presentes naturalmente no meio ambiente), numa relação simbiótica.

O processo não é complicado, requer apenas alguma disciplina para ir cumprindo as várias etapas na altura certa e, posteriormente, uma manutenção semanal.


Esta receita em particular, desenvolvida por Eric Kayser, um artisan boulanger parisiense, descobri-a no fórum dos bimbólicos:


Levedura Líquida (levain liquide) de Eric Kayser

1º passo
Num recipiente de vidro, misturar 50 gr de agua morna com 50 gr de farinha integral. Tapar com um pano de cozinha e deixar fermentar durante 24h à temperatura ambiente (20º a 25º), preferencialmente dentro de um armário.




2º passo
Ao fim das 24h, misturar 100 gr de agua com 100 gr de farinha tipo 65 e 20 gr de açúcar. Juntar o preparado ao do dia anterior e misturar tudo muito bem. Voltar a cobrir o frasco com o pano de cozinha e deixar fermentar mais 24h à temperatura ambiente.




3º passo
Ao fim das 48 h, misturar 200 gr de agua com 200 gr de farinha tipo 65. Juntar o preparado ao do dia anterior e misturar tudo muito bem. Voltar a cobrir o frasco com o pano de cozinha e deixar fermentar mais 12h dentro de um armário.




Ao fim destas 12h a levedura está pronta. Mexe-se, tapa-se o frasco e coloca-se no frigorífico.


Manutenção
É necessárioalimentar’ a levedura a cada 8 dias, procurando utilizar sempre quantidades (pesos) iguais de água e farinha.
A quantidade total pode variar, sendo que o ideal é dobrar o peso da levedura existente: se tenho 100 gr de levedura líquida guardada, ‘alimento-a’ com 50 gr de água e 50 gr de farinha, que misturo e junto à original.

Enquanto a levedura ‘descansa’ no frigorífico, é natural que se vá formando à superfície um líquido, que pode ser escuro, com um ligeiro cheiro a cerveja. Isto é provocado pela actividade das leveduras, que vão transformando os açúcares presentes na farinha em dióxido de carbono (daí as bolhinhas) e outros componentes, entre eles
álcool. Este líquido pode voltar a ser incorporado na levedura (mexendo) ou, caso esta já se encontre demasiado líquida, deitado fora.


Utilização
Para cada 500 gr de farinha, utilizar entre 100 a 150 gr de levedura líquida e 5 gr de fermento de padeiro fresco.A levedura liquida é incorporada antes da farinha. Junta-se à agua e ao fermento, mistura-se 10 seg., vel. 3, incorporando-se depois a farinha e o sal para de seguida bater na vel. espiga.

Pedido ao Pai Natal...

-'Então Pipoca, queres pedir alguma prenda ao Pai Natal?'
(...silêncio...)
-'Não queres pedir prendas ao Pai Natal?'
-'Xim...'
-'Então pede lá.'
-'PAI NATAL, QUÉ PEEENDAS!!!'

E pronto Pai Natal, desenrasca-te!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Coxas de Peru à Mari Carmen

Aqui fica o jantar da passada segunda-feira, para ilustrar que a receita de 'Lombo de Porco à Mari Carmen' do livro base da Bimby pode ser adaptada a outras peças de carne.

Desta vez foram 2 coxas de peru, com cerca de 500 gr cada. O resto da receita manteve-se fiel à original, tirando o mel e o facto de eu triturar o molho, porque o hubby não gosta de sentir os bocados da cebola...)

Eu sou fã deste molhinho, que fica com um travo adocicado por causa da enorme quantidade de cebola utilizada!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Vamu à compas!


Ontem à tarde, enquanto eu andava de um lado para o outro na cozinha, a 'pipoca' entra na despensa, põe-se a observar as prateleiras com olhar circunspecto, e finalmente anuncia: 'Mamã, tem qui í à compas!'


...no comments...!



P.S. - Quem não sabe, ou já não se lembra, o que é ter uma pirralha de 2 anos e meio em casa, não vai conseguir perceber o alcance deste post...

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fermento de Padeiro

Ultimamente, as experiências culinárias que mais gozo me dão são os pães caseiros!

As 1ªs tentativas não foram famosas… Algumas relatei aqui no blogue… Mas não desmoralizei e continuei a deitar as mão à massa’!

Fui experimentando, fui pesquisando… e eis que um dia os pães começam a sair melhor… Já crescem, já não ficam massudos… Saem do forno rechonchudos e bonitos!

E como eu adoro tirar do forno um pãozinho feito por mim!!! Deve ser a minha costela medieval… de Padeira de Aljubarrota…

Nas minhas muitas pesquisas e leituras - sim, porque quando algo me interessa gosto sempre de saber mais, de descobrir o ‘como’ e o ‘porquê’ - fui aprendendo coisas bem interessantes. Hoje partilho algumas informações sobre o fermento de padeiro.


Em bioquímica, a fermentação é um processo de transformação de uma substância em outra, produzido a partir de microorganismos (fungos, bactérias…), chamados neste caso de fermentos.

Aplicada ao fabrico do pão, a fermentação é o processo através do qual as leveduras (fermentos) consomem o
açúcar obtido do amido da farinha, libertando dióxido de carbono (e outros compostos). As bolhas de gás carbónico não conseguem escapar através da superfície da massa, fazendo-a crescer e tornando-a fofa.

O fermento de padeiro é então formado por um micro organismo vivo: a levedura (saccharomyces cerevisae).

Para entrar em actividade as leveduras precisam de alimento - a farinha, mas também de uma temperatura adequada. Expostas a temperaturas muito altas morrem - por essa razão não de deve dissolver o fermento de padeiro em água demasiado quente. Pelo contrário, a temperaturas muito baixas ficam como que ‘adormecidas’. Ainda assim, é possível congelar fermento de padeiro, ou mesmo massa de pão, já que ao descongelar as leveduras ‘acordam’, voltando a ficar activas.

A temperatura óptima para o desenvolvimento das leveduras é entre os 27º e os 32º C, permitindo-lhes multiplicar-se e produzir dióxido de carbono e compostos que dão um sabor agradável ao pão. A temperaturas superiores, multiplicam-se mais rapidamente, produzindo mais dióxido de carbono mas também mais compostos ácidos de sabor desagradável. Assim, o pão deve ser deixado a levedar a uma temperatura não muito alta - demora mais tempo, mas obtém-se um pão mais saboroso.

O fermento de padeiro está disponível fresco, em cubos (vendidos nas padarias) ou seco, em saquetas (à venda nos supermercados).

O fermento fresco tem um prazo de validade muito reduzido e tem que ser guardado no frigorífico – ou congelado, como referido anteriormente.

No que diz respeito a quantidades, para 500g de farinha (um pão de tamanho médio) usa-se entre 15 a 20 g de fermento fresco. Já a quantidade de fermento seco, varia de acordo com a marca e o melhor será consultar as instruções da embalagem. O da Ramazzoti por exemplo, vendido em embalagens de 4 saquetas de 11g cada, indica que cada saqueta dá para 500 a 1kg de farinha.

E para finalizar, qual a diferença entre o fermento para pão e para bolos?
Ambos os tipos de fermento são utilizados para fazer crescer as massas, através da libertação de gás.


O fermento biológico (levedura) é indicado para massa de pães e pizzas e funciona antes da cozedura, durante a levedação da massa. É dele que temos estado a falar ao longo de todo este post.

O fermento químico (o típico fermento Royal) destina-se a bolos, bolachas e biscoitos e reage com o calor do forno. É composto por um ácido e uma base (bicarbonato de sódio) que, na presença de água, reagem produzindo dióxido de carbono.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sousel

Este foi um fim-de-semana de 'vá para fora cá dentro'!
Como prenda pelo aniversário de casamento, os meus pais ofereceram-nos uma noite numa Pousada de Portugal - quem tem uns papás lindos, quem é????

A escolha recaiu sobre a Pousada de S. Miguel em Sousel, distrito de Portalegre. A estadia iria ser de apenas uma noite e não queríamos perder muito tempo em viagem. Os cerca de 180km até Sousel pareceram razoáveis e as imagens da pousada, rodeada de Alentejo verde por todos os lados, conquistaram-nos! Calma e sossego é o que ultimamente mais apetece quando surge uma oportunidade de um fim-de-semana a dois!

A 'pipoca' ficou entregue aos cuidados da 'titá'. Ia radiante, na sexta-feira à noite, até ver a porta do carro fechar e os papás ficarem do lado de fora... Enfim... Segundo a tia, parece que as coisas nem correram mal... Acordou algumas vezes durante a noite a chamar pela mamã, mas tirando isso parece que também soube aproveitar o fim-de-semana diferente!

Sábado ao fim da manhã fizemo-nos então à estrada para, já perto da hora do almoço, parar em Evoramonte - terra que faz parte do meu imaginário desde os tempos dos livros da colecção 'Uma Aventura'. Conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques e Geraldo Geraldes, aí se assinou em 1834 a Convenção de Evoramonte, que pôs termo à guerra civil entre absolutistas (partidários de D. Miguel) e liberais (partidários de D. Pedro).

Já reconfortados com umas bochechas de porco e um bacalhau gratinado com gambas (chlep), lá seguimos, devagar e saboreando a paisagem, até Sousel, vila fundada pelo Condestável(*) Nuno Álvares Pereira, que a doa passados alguns anos à Casa de Bragança.
A poucos kms da vila, no cimo da colina de S. Miguel, aguardava-nos a pousada, a primeira unidade hoteleira de turismo cinegético (caça) do país.

O tema subjacente à decoração da pousada é, portanto, a caça! Desde o enorme javali que nos saúda na recepção, aos tons quentes das paredes e estofos de sofás e cadeirões. E se nos aproximamos da janela... verde! Colinas e colinas dos mais variados verdes, até onde a vista alcança. E à noite, um céu escuro e estrelado, mas tão estrelado que impressiona e nos faz sentir como se mergulhássemos nele!
Não caçámos, mas descansámos! E soube tão bem!!!

Obrigada papás!



* 'Condestável de Portugal' ou 'Condestável do Reino' foi um cargo criado pelo rei Fernando I de Portugal em 1382, para assumir as funções militares do anterior cargo de 'Alferes-Mor do Reino'. O 'Condestável' era a segunda personagem da hierarquia militar nacional, depois do Rei de Portugal e tinha como responsabilidades comandar uma campanha militar na ausência do rei e manter a disciplina do exército.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Frango com Bacon e Molho de Soja


Foi uma das mamãs do Forum PinkBlue que deixou o link para esta receita de frango, que entretanto já foi repetida várias vezes cá em casa (obrigada Jukas!)

A receita original é do Forum Bimby e podem consultar aqui.

Aqui fica tal como a fiz hoje para o jantar:

Ingredientes
4 coxas de frango
1 linguiça (não tinha bacon em casa)
1 cebola
2 dentes de alho
35 gr de azeite
1 colher de sobremesa de molho de soja
75 gr de polpa de tomate
150 gr de água
sal q.b.

Preparação
Colocar no copo a cebola e os alhos e picar 5 seg. / vel. 5
Adicionar o azeite e programar 8 min. /temp.Varoma / vel. 1
Colocar a borboleta e colocar o frango; a linguiça às rodelas; o molho de soja; a polpa de tomate; a água e as especiarias que se desejar.
Programar 25 a 30 Min. / temp. varoma / vel. colher inversa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Delícia de Queijo e Pêssego


No sábado passado tivemos convidados para o jantar. A L. veio brincar com a 'pipoca' e trouxe os papás com ela. A 'titá' também se juntou à festa, cujo ponto alto foi o jogo Portugal-Hungria (3-0) com as minorcas a fazer claque: enquanto a 'pipoca' gritava «Putugal, putugal» - sem fazer a mínima ideia do que estava a dizer - a L. fazia a 'dança da chuva', que neste caso específico resultou em golos!!!

Para a sobremesa, esta Delícia de Queijo e Pêssego, que me conquistou pelo aspecto logo da primeira vez que a vi aqui. As expectativas eram tão altas, que - como não podia deixar de ser - ficaram um bocadinho frustradas... (este feitio de nativo de Gémeos e a mania da perfeição...)

Aqui fica a receita, tal como está no site que já indiquei:

Ingredientes
palitos la reine (o suficiente para forrar a base de um pirex)
1 lata de leite condensado
4 colheres de sopa de whisky
500 grs de queijo fresco em creme 0% de gordura
2 pacotes de natas
7 folhas de gelatina
1 pacote de gelatina de pêssego
1 lata de pêssego mais a calda

Preparação
Forrar o fundo de uma tarteira de vidro rectangular com os palitos e reservar.
Demolhar as folhas de gelatina em água fria para hidratar.
Bater o queijo com o leite condensado, junte o whisky.
Bater as natas em chantilly e juntar ao preparado de queijo.
Derreter as folhas de gelatina e envolver no preparado.
Deitar a mistura por cima dos palitos e levar ao frigorífico a solidificar por umas horas.
Cortar os pêssegos às fatias finas e dispor sobre o preparado já solidificado.
Levar ao lume 2,5 dl da calda de pêssego a ferver, juntar a gelatina de pêssego, mexer para dissolver, retirar do lume e deitar mais 2 dl da calda (se não houver calda suficiente acrescente com água).
Deixar arrefecer e verter por cima do pêssego. Levar ao frigorífico para solidificar a gelatina.

Algumas notas:
1 - como o doce ia ser comido também por crianças, não usei o whisky
2 - como não sei bem o que é queijo fresco em creme 0% de gordura, usei queijinhos frescos magros
3 - para a próxima, em vez de usar a calda do pêssego para fazer a gelatina, uso para molhar os palitos (ficaram muito rijos)

Fica uma sobremesa LINDA, que impressiona toda a gente assim que chega à mesa! É um doce fresquinho, com aquele sabor típico dos bolos com queijo. O maior defeito que lhe achei foi o facto dos palitos ficarem muito rijos.

E VIVA PUTUGAL!!!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Iogurte

Ao fim de semana, assim que acorda da sesta, a primeira coisa que a ‘pipoca’ pede (sejam já horas do lanche ou não) é o duto (iogurte)!
Seja simples ou com fruta ralada; natural ou de aroma, a tigela é rapada minuciosamente, sempre com um olhar guloso e atento, não vá escapar algum bocadinho…

De acordo com a informação disponibilizada no site de uma conhecida marca de iogurtes, «(o) Iogurte é um produto lácteo fresco, obtido pela fermentação do leite exclusivamente pelas bactérias Streptococcus thermophilus e Lactobacillus bulgaricus...» É, portanto, o tipo de bactérias utilizadas para a fermentação que define o que é ou não é iogurte.

Relativamente às propriedades nutricionais do iogurte, no mesmo site pode ainda ler-se: «Os iogurtes (…) possuem vários benefícios. (…) são uma excelente fonte de proteínas de alto valor biológico, várias vitaminas e minerais, especialmente o cálcio.A presença de bactérias vivas e activas (…) torna o iogurte num alimento probiótico. Os principais efeitos benéficos destas bactérias prendem-se com a promoção do equilíbrio da flora intestinal (favorece as bactérias benéficas e inibe as patogénicas). Para além disso, estas bactérias facilitam a digestão de alguns nutrientes, nomeadamente as proteínas e o cálcio e tornam o iogurte um alimento geralmente bem tolerado (inclusivamente) por pessoas intolerantes à lactose*

É fácil compreender então a importância que é dada ao iogurte na alimentação infantil (e não só), estando inclusivamente indicados na prevenção e tratamento de diarreias.

Algumas questões importantes relacionadas com o iogurte foram respondidas pela Drª Solange Burri (microbióloga) no seu blogue BabySol (o texto apresentado à continuação foi adaptado):

- “Por vezes os iogurtes apresentam um líquido próprio. Qual é a opção certa? Aproveita-se ou é melhor deitar fora?”
- “Este líquido é soro de leite e contém vitaminas e sais minerais provenientes do leite, que devem ser aproveitados sempre! Deve pois misturar no iogurte.”

- “Posso com toda a segurança dar um iogurte aos meus filhos que tenha passado 3, 4 dias do prazo?”
- “Se o iogurte foi armazenado em perfeitas condições de frio, então aparentemente não há problemas. O iogurte é um alimento lacteo mas ácido, e portanto não tão interessante para a proliferação bacteriana. É mais interessante para os fungos, e estes evidenciam-se claramente a olho nú. Contudo, a flora bacteriana fermentativa deteriora-se ao longo do tempo e deste modo o efeito probiótico que se pretende atingir não é tão conseguido.”

Relativamente à questão do prazo de validade dos iogurtes, foi ainda referido num post do forum PinkBlue o resultado de um estudo realizado à flora do iogurte em que se concluiu, para todas as marcas testadas, que após a data de validade impressa na tampa, a flora bacteriana ‘boa’ era de 0 colónias.

Conclusão: poderão consumir-se os iogurtes passado 1 ou 2 dias do prazo, sim, se não houver evidências da sua alteração, nomeadamente fungos à superfície ou tampa ‘inchada’... Mas não para dar aos mais pequeninos, que devem ingerir os alimentos no máximo das suas potencialidades nutricionais. A eles, evitar inclusivamente dar iogurtes com prazo de validade já muito proximo (1 ou 2 dias), uma vez que a a flora bacteriana tende a diminuir drasticamente devido à produção de ácido láctico.


* Em que consiste a intolerância à lactose?
A dificuldade que algumas pessoas têm em digerir o leite, deve-se ao facto de não possuírem uma enzima intestinal – a lactase - necessária para a metabolização da lactose (o açúcar do leite). As bactérias presentes no iogurte conseguem decompor parcialmente este açúcar, reduzindo cerca de 25% do teor de lactose relativamente ao leite que lhe deu origem. Estas bactérias têm ainda um efeito estimulador da enzima lactase permitindo a pessoas intolerantes consumirem um produto lácteo com menos problemas.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Pão de Alho com Coentros

Tendo por base a receita de massa de pizza que vem no livro da Bimby, fiz neste primeiro fim-de-semana depois do regresso ao trabalho um pãozinho de alho e coentros!

A tentativa era aliviar um pouco a depressão de final de férias. Estavamos todos muito rabugentos no passado domingo, 'Pipoca' incluida!

Esta receita, de um dos foruns que costumo frequentar, andou a tentar-me toda a semana e já na recta final do fim-de-semana decidi-me então a experimentá-la!


Pão de Alho e Coentros

Fiz metade da receita de massa de pizza do livro base (era só para 2 e não queria um pão muito grande).

Entretanto, e enquanto levedava, piquei 2 dentres de alho e um molho pequeno de coentros. Usei a Bimby, na vel. 7, mas - desculpem-me os puristas - para uma quantidade pequena destas para a próxima uso a picadora.

Estendi a massa e espalhei os alhos e os coentros picados por cima, reguei com um fio de azeite e enrolei.

Para finalizar, pincelei com um pouco de leite e levei ao forno pré-aquecido a cerca de 200º até a massa estar cozida.


Para 1ª tentativa, não saiu mal. Ficou, na minha opinião, com um sabor demasiado intenso a azeite - para a próxima reduzo a quantidade.
Vou também tentar deixar a massa um pouco mais fina, pois demorou a cozer (acho que deixei no forno quase 40m.) e nalgumas zonas ficou como que 'encruado'.

Acho que me falta alma de padeira!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Lombo de Porco à Mari Carmem

Há várias receitas para as quais nunca olho uma segunda vez quando folheio o livro base da Bimby! Uma delas era o Lombo de Porco à Mari Carmen, que eu provavelmente nunca teria chegado a experimentar, não fosse ter sido tão gabada por uma das agentes presentes no curso de culinária a que fui assistir quando fiz 1 mês de Bimby!

Resolvi experimentar e, se não contarmos com o nectar de laranja, este lombo é a receita da Bimby que mais vezes repeti!

O lombo coze ao vapor, na Varoma, sendo que no copo não se coloca água absolutamente nenhuma, apenas cebola. MUITA cebola!

Fica a receita, tal como a fiz ontem para o jantar, sendo que tem um ou dois pormenores que diferem da apresentada no livro.


Lombo de Porco à Mari Carmen


1 kg de lombo de porco
1 kg de cebolas
100 gr. de azeite
40 gr. de vinho do Porto
3 colheres de mostarda
sal q.b.

Colocar o lombo na Varoma e salpicar com um pouco de sal.
No copo, deitar a cebola e picar 5 seg., vel. 5. Adicionar o azeite e temperar com um pouco de sal e juntar o vinho.









Colocar a Varoma sobre o copo e programar 60 min., Temp. Varoma, Vel.1.
No final do tempo, retirar o lombo e verificar se está cozinhado. Cortar ás fatias e reservar.

Para o molho: juntar à cebola do copo a mostarda e programar 5 min., temp. 50º, vel. 2.
Deitar o molho sobre a carne e servir!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O (famoso) Bolo na Caneca

Muito se falou deste Bolo na Caneca aqui há uns tempos... Deram-me a receita mais do que uma vez, mas nunca cheguei a experimentar. Hoje, às voltas pela Internet em busca de ideias para o jantar, voltei a tropeçar nele!

Não é tarde nem é cedo... Desde o início da semana que esgotamos o nosso stock de gelados: o nosso vício diário, o consolo que nos ajuda a superar o despertador, o trânsito, o ritmo esquizofrénico do dia-a-dia, as birras da 'pipoca' (ohh... as birras da 'pipoca'...)! Enfim, a ressaca já se começava a fazer sentir e o Bolo na Caneca prometia ser uma boa e rápida solução!

Cada um com a sua caneca, fomos seguindo uma das 1001 receitas que se podem encontrar noutros tantos sites:

4 colheres de sopa (rasas) de farinha de trigo
1 colher de café (rasa) de fermento em pó
4 colheres de sopa (rasas) de açúcar
2 colheres de sopa (rasas) de chocolate em pó
1 ovo pequeno
4 colheres de sopa de leite
3 colheres de sopa de óleo

Deitar o ovo na caneca e bater bem com garfo.
Acrescentar o óleo, o açúcar, o leite e o chocolate e voltar a bater.
Juntar a farinha e o fermento e mexer delicadamente até incorporar.
Levar por 3 minutos ao microondas, na potência máxima.



Não deixou de ser uma experiência divertida, mas o resultado... decepcionou-nos!

Achamos muito seco. Somos capazes de lhe dar uma segunda chance, mas têm que ser feitas alterações... Talvez reduzir 1/2 minuto à cozedura; fazer uma calda...

Bom, ao menos repusemos os níveis de chocolate no sangue!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Conservação de Legumes – Congelamento

Se há queixa que não temos em relação à ‘pipoca’ é no que diz respeito à comida… Come tudo e de tudo o que lhe damos! As sopas; os legumes; a fruta; a carne e o peixe… Bem… Na realidade temos uma queixa… É sempre com grande dificuldade que conseguimos dizer que já chega, não há mais, a papa acabou!!! São um drama, os finais das refeições…

A quantidade não é portanto um problema, mas a qualidade é sem dúvida uma preocupação, e uma vez que a utilização de legumes cá por casa aumentou significativamente com a chegada da ‘pipoca’, tenho procurado aprender um pouco mais sobre eles e a melhor forma de os conservar e preparar.

Aqui ficam então, algumas informações e conselhos que considero bastante úteis, provenientes de fontes diversas, nomeadamente a Dr.ª Solange Burri (lic. em microbiologia) e a Dr.ª Paula Veloso (nutricionista). Deixo alguns links no final do post:


Os legumes são alimentos que, mesmo estando congelados, se vão degradando progressivamente...

O que se deve fazer para congelar os legumes é efectuar o seu branqueamento que consiste em introduzir os legumes, cortados e lavados, durante cerca de 3 ou 4 mins. em água a ferver (sem sal) e depois passá-los por água gelada - devem ser arrefecidos rapidamente para interromper o cozimento - escorrer e congelar.

O branqueamento dos legumes é importante, já que diminui ou elimina a acção de enzimas responsáveis pelo amadurecimento e consequente degradação dos legumes, que continuam activas durante a congelação. Este processo contribui ainda para a preservação e higiene dos alimentos, reduzindo a quantidade de microrganismos da sua superfície.

O branqueamento em casa é um processo moroso e pouco prático... Por esta razão os legumes ultra-congelados (branqueados logo após a colheita) são uma boa alternativa e têm, muitas vezes, uma qualidade superior aos congelados em casa ou àqueles que são mantidos vários dias no frigorifico.

Apesar do processo de branqueamento implicar sempre uma perda nutricional, por vezes esta não chega a ser tão significativa quanto a que acontece durante o armazenamento de alguns dias no frigorífico ou à temperatura ambiente.

O ideal – diz a Dr.ª Solange Burri - é preparar um puré com os legumes frescos e só depois congelar. Aguenta imenso tempo no congelador e mantém todas as propriedades nutricionais... Importante é usar pouca água ao cozer e aproveitá-la para o puré, já que vale ouro!

Os legumes branqueados e congelados deverão ser posteriormente introduzidos na água já a ferver quando se desejar cozinhá-los, sem descongelamento prévio.


Fontes:
http://solangeburri.blogspot.com/2008/02/dvidas-de-mms_28.html
http://solangeburri.blogspot.com/2008/03/dvidas-de-mms_29.html
http://solangeburri.blogspot.com/2009/04/duvidas-de-papas-congelar-legumes-crus.html
http://www.seleccoes.pt/Viver/Culinaria/detalhe.asp?tipo=detalhe&ID=2803
http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=5ADF00FF26579FCFE0400A0AB8002BC3&channelid=5ADF00FF26579FCFE0400A0AB8002BC3&schemaid=&opsel=2

terça-feira, 18 de agosto de 2009

É hora di dumí!

Um dia da semana passada em que estava sozinha em casa com a 'pipoca' disse-lhe: "Espera só um bocadinho que a mamã vai ali à cozinha ver no relógio se já são horas de ires para a caminha."

Desde então, não há dia em que, quando o João Pestana começa a fazer sentir a sua presença, a 'pipoca' não diga: "Peraí xó um cadinho..." E quando perguntamos onde vai... "A vê o ruógio!" E desaparece para a cozinha.

-"Então 'pipoca', que horas são?"

-"É Hora di dumí!"

Frango de Fricassé

A receita que esteve na origem do jantar de hoje foi retirada do Bimby 4 All, um dos blogues sobre a Bimby que costumo visitar.

Correu sem percalços e o franguinho ficou gostoso! Talvez fizesse falta uma pitadinha a mais de sal (mas isso é mesmo defeito da cozinheira) e da próxima vez vou abusar um pouco mais do limão.

Aqui fica a receita, que acompanhou com arroz branco.


Frango de Fricassé


1 cebola
2 dentes de alho
50gr de azeite
1 frango partido aos bocados e passado por farinha
sal e pimenta
60g vinho branco
2 gemas
sumo de 1 limão

Colocar a cebola e os alhos no copo e picar por 5 seg., vel. 5.
Juntar o azeite e programar 7 min., 100º, vel. 1.
Encaixar a borboleta nas lâminas. Introduzir o frango, temperar com o sal e a pimenta e adicionar o vinho branco. Programar 2 min., 100º, vel. colher inversa.
Deitar água até cobrir (mal) o frango e programar 40 min., 100º, vel. colher inversa.
Juntar as gemas e o sumo de limão e programar 3 min., 100º, vel. colher inversa.
Polvilhar com coentros para servir.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lulas com Molho de Mostarda e Spaghetti al Nero di Sepia


A semana passada, como já tive oportunidade de desabafar, foi ainda mais caótica do que é costume cá por casa. Não houve tempo, e à medida que a semana foi avançando, foi também sendo cada vez menor a paciência para pensar em ementas e fazer jantares...

Esta semana o menu está mais ou menos delineado... A abrir, umas lulas!

Esta é uma receita do livro base da Bimby. A primeira vez que experimentei segui as indicações à risca, desta vez optei por não passar as lulas por farinha antes de as cozinhar. O resultado é um molho um pouco menos espesso, mas igualmente saboroso.

Aqui fica a receita, tal como a fiz hoje para o jantar (reduzi para cerca de metade as quantidades indicadas no livro):


Ingredientes:
500 gr de lulas limpas - partidas em bocados pequenos

100 gr de cebola (uma cebola média)
2 dentes de alho
130 gr de tomate em pedaços
25 gr de vinho branco

40 gr de azeite
1 folha de ouro
1 gema de ovo
10 gr de mostarda
Umas gotas de sumo de limão
Sal q.b.
Salsa

Preparação:
Deitar o azeite no copo e programar 3 Min., Temp. Varoma, Vel. 1
.
Deitar a cebola e os alhos e picar 6 Seg., Vel. 5. Refogar 3 Min., Temp. Varoma, Vel. 1.
Juntar o tomate e programar 20 Seg., Vel. 7.
Limpar as paredes do copo com a espátula e programar 7 Min., Temp. 100º., Vel. 2.
Juntar as lulas, o vinho, a folha de louro e o sal e programar 40 Min., Temp. 100º., Vel. Colher Inversa.
No final do tempo verificar se as lulas estão tenras. Caso não estejam, programar mais algum tempo, à mesma temperatura e velocidade.
Entretanto, bater numa tigela a gema com a mostarda e o sumo do limão.
Ligar a máquina na em Colher Inversa, Vel. 2, deitar a mistura em fio e programar 3 Min., Temp. 100º., Vel. Colher Inversa.
Deitar na travessa de servir e polvilhar com a salsa picada.


Adoro acompanhar este prato com esparguete negro (com tinta de choco). Acho que fica uma combinação espectacular.

A gourmet mais nova cá de casa simplesmente adorou (não que costume ser esquisita com a comida). Quando lhe perguntávamos se estava a gostar, abria muito os olhos e dizia que sim com a cabeça. "Góta!"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Uma quiche... rápida!

...porque 'rápido' é o que se quer esta semana cá por casa!

Com o papá a ter que trabalhar à noite - ao menos tem conseguido vir jantar connosco - fica a mamã encarregue de entreter a 'pipoca' ao chegar a casa; dar a banhoca; vestir o pijama e começar a preparar o jantar - enquanto a mini-cozinheira vai trazendo para a cozinha os seus próprios tachos e panelas e confeccionando iguarias que depois distribui pela bonecada!

O cansaço vai-se acumulando, o mau feitio e rabugice (meus) já atingiram o nível de 'alerta amarelo', e o calor infernal que se tem feito sentir nos últimos dias tirou-me até a vontade de comer... quanto mais de cozinhar!

Assim, folheando o livro básico da Bimby, saltou-me aos olhos a receita da Quiche RÁPIDA!

Introduzi algumas alterações, nomeadamente reduzir as quantidades utilizadas para a massa (já tinha experimentado uma vez e sobrou imenso) e acrescentar queijo ao recheio. Aqui fica a receita, tal como a fiz hoje para o jantar:


Quiche Rápida













1/2 receita de massa quebrada (livro base)

75 gr. de fiambre
75 gr. bacon
75 gr. de queijo (usei uma mistura de 3 queijos ralados: emmental; cheddar e gouda)
1 pacote de natas
3 ovos

Forrar uma tarteira com a massa quebrada.
Picar o fiambre, o bacon e o queijo na vel. 5 durante cerca de 10 ou 15 segs. Dispor em cima da massa.
Deitar os ovos e as natas no copo e bater 15 segs. na vel. 5. Deitar por cima do recheio da quiche.
Levar ao forno a 180º até dourar.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Néctar... ou talvez não!

Hoje de manhã resolvi, em vez do galão habitual, acompanhar o pequeno-almoço com um sumo.

Não tendo na altura acesso a um sumo natural (acho que vou passar a trazer a Bimby para o emprego…), escolhi um Néctar de Laranja Cenoura e Manga, de uma marca conhecida.

Consultei o rótulo – como sempre – e afirmava ser composto por 50% de sumo de fruta à base de sumos concentrados (menosprezei esta questão do ‘concentrado’), 4,1g de açúcares (o que me pareceu aceitável), água, uns quantos ácidos reguladores não sei do quê e edulcorantes.

Senti-me confortável com a minha escolha… Consciente de estar longe da riqueza nutricional de um sumo de laranja acabado de espremer, mas ainda assim crente de que algo haveria de beneficiar com os anunciados 50% de sumo de fruta…

Nem a propósito, deparo-me no mesmo dia com um artigo (já antigo) da Drª Solange Burri que fala de… néctares de fruta!!! Conclusão: fiquei a sentir-me BURRA!

Ao longo do 1º semestre de 2008 a Drª Solange Burri publicou no seu blogue BabySol um conjunto de artigos, bem interessantes e úteis, alertando para uma série de produtos alimentares à disposição do consumidor que, na sua opinião, deveriam ser alvos a abater!

O ‘meu’ néctar estava na lista, e sobre ele e seus pares foram tecidas as seguintes considerações:


Qualquer sumo de fruta que obrigatoriamente refira no rótulo "à base de concentrado", foi submetido a um intenso processamento térmico que reduziu o seu volume de água e destruiu toda a sua composição vitamínica...

Posteriormente os concentrados de fruta são hidratados, acrescentam-lhes açúcar, como se a frutose (açúcar que a fruta possui naturalmente) já não fosse suficiente e pasteurizam-nos (novo tratamento…) para garantir a segurança alimentar...

Adicionam-lhes depois vitamina C sintética (ácido ascorbico = E300) e fazem imensa publicidade alegando tratarem-se de sumos naturais!!!!


E pronto… Bebi uma aguinha doce, com cor de laranja/cenoura/manga e uns aditivos à mistura… E amanhã regresso ao meu cafezinho com leite!

sábado, 8 de agosto de 2009

Sorvete Rápido de Fruta

Como tive já oportunidade de referir, a Bimby acompanhou-nos nas férias. Não se lançou em grandes aventuras, mas trabalhou com afinco nas sopinhas da 'pipoca', nos néctares de fruta... e nos SORVETES.

Quando assistimos à demonstração da Bimby na casa de uma amiga, juntamente com a irmã e o cunhado, uma das sobremesas feitas pela agente foi um sorvete de fruta, do qual já nenhum de nós se coneguia lembrar exactamente das quantidades nem tempos utilizados.
Percorri o livro base da Bimby de uma ponta à outra, mas não encontrei aquele receita específica.

Por duas vezes o cunhado improvisou, e não se saiu nada mal, primeiro com uma mistura de banana, kiwi, pessego... e da segunda com uma combinação de melancia e limão, que resultou surpreendentemente agradável.

Esta semana, acabei por encontrar a receita num livro editado pela Vorwerk espanhola, chamado Fácil Y Divertido com Thermomix:


Sorvete Rápido de Fruta (para 6 pessoas):

2 limões médios
2 peças de fruta (a gosto)
200 gr. açúcar
800 gr. de cubos de gelo

Coloque no copo os limões descascados e sem a pele branca nem caroços, as peças de fruta que desejar utilizar - também descascadas - o açúcar e o gelo.
Programe 2 minutos, velocidade progressiva 5>10, mantendo os 1ºs 30 seg. na vel. 5 e passando posteriormente à vel. 10, até terminar o tempo.
Comprove que a textura é a de um creme espesso. Se achar que está líquido, acrescente um pouco mais de gelo e triture novamente à mesma velocidade.
Se desejar guardar no congelador para consumo posterior, retire uns 10m antes de servir e volte a triturar em velocidade progressiva 5>10 para ficar mais cremoso.